Michael
Não tem como evitar: o domingo sempre me leva de volta à casa da minha avó. Aos grandes almoços com a família, quando esta era grande. O quintal, com as brincadeiras das crianças e as criações da casa: muitas galinhas, patos, gansos e marrecos. Como toda criança, ficava muito feliz quando os ovos chocavam e nasciam os pintinhos. Ficava observando e de toda a cria sempre escolhia um e dizia prá minha avó: esse aqui vai ser meu, prá brincar comigo, pode? Minha avó sempre dizia a mesma coisa: pode sim, mas já não chegam os seus primos e os seus amigos prá você brincar? E eu ria, e ficava feliz por saber que tinha tantas opções. Bom, o meu escolhido começava a crescer, trocava a penugem pelas penas e mudava de cor. Mesmo no meio de tantas brincadeiras eu gostava de acompanhar o crescimento deles, e minha avó sempre botava um anelzinho no pé do meu "escolhido". Ele ganhava direito até ao batismo, ganhando um nome, geralmente de um artista da época. Lembro de um especial,