Oco



Por mais que eu finja, por mais que eu disfarce,
a verdade é que fazes-me falta.
É a coisa mais certa
- e nem sei se secreta -
esse buraco, esse oco
que lógica não tem mas tem o teu nome.

Fazes-me falta.

Me lança no vácuo,
imprecisa e disforme, a carregar
o fardo da tua ausência.

Fazes-me falta.

Uma falta que amolda o meu dia
cada vez que lembro teu nome.
Em torno de tua ausência
habito, numa fresta de espaço e tempo,
sem ar, sem barulho,
a me reinventar a cada dia
pra fingir que ainda vivo. 




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